Que gosto é esse que eu não sinto e sinto falta no céu da
minha boca?
Que lua foi esta que engoli e que me brilha e dói o
estômago?
Ora!
Que direito tens de me instigar e me causar náuseas por seu
distanciamento?
Quem deverá és para me privar sem usar palavras nem olhares?
Ora!
Divides o casulo comigo e só me dança no rosto com teus
cílios?
Ousa fazer doer o estômago de temperanças e não apareces nem
para um chá?
Vã criatura, por que fazes como fazes e me fazes como és?
Pois.
Serve-lhe de quê meu corpo impuro impregnado de solitude?
Ora.
*-*
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