terça-feira, 18 de dezembro de 2012

alimenta-te da minha carne

tens se tornado a minha obsessão passional.
escreve pra mim
uma-palavra
ou duas
talvez um
ponto.
uma vírgula,
uma pergunta?
alimenta-me com aquilo-que-não-tem-definição, mas
alimenta
(-me).

sábado, 15 de dezembro de 2012

limão

Sabe quando repentinamente seu estômago fica do avesso como se tivesse engolido algo putrefato?

Pois engoli amor com uma pitada de ciúmes e regurgitei declarações afetuosas com gosto amargo de arrependimento.



segunda-feira, 26 de novembro de 2012

foi ter com a vida



Eu queria tanto tanto
que consegui
me apaixonar.
Mas por enfado
minha flor viajará.

Vou ficar desencaracolada sem meu par.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

cinza

a chuva, teimosa,
                                 caiu.
do céu
da minha boca
caiu
um doce e atroz desejo deleitoso
d'um
beijo teu
gostoso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

grilo, formiga ou lagarta?



que estás a fazer?
embriagando-me com esses olhos sorridentes e silenciosos

faz embaralhar a língua
embrenhada modifica
o tom

(tom de quem confessa negando para si o encanto)

que pretendes ao mundo-seu com tanta gentileza?

colore feito borboleta (que és)
trepida

embrenha-me nos teus beijos leves -

(de cílios curtos)

 - de borboleta.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

vem tomá-la".)


(eu não fazia outra coisa que não pensar naquele sotaque que me prendia como um mosquitinho a uma teia de aranha. eu pensava como quem está do avesso e sorria como um poço sem-água-nem-fundo. disse-lhe "boa noite" ao invés de cuspir "tens minha vida

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

castanho-Mel

"Que vício em ti", disse-me.
Preencheu-me e me inflou com abelhas
Embebeu minha bomba-de-vida com mel
Picou e explodiu meu coração alérgico

Dos meus olhos correm mel.


terça-feira, 14 de agosto de 2012

boneca de trapos



Não entendo...
Talvez não entenda nada.
Talvez não tenha a capacidade de enxergar a beleza.
Você ficou boneca.
Uma bailarina.
Fala comigo.
E aparece de novo.
O que fazes por aqui?

O que fazes?
Estou cá, brotanto. Tal como tu. E tenho dito!
 É só boneca? Não tem um Nome?
Boneca é meu nome. Ao menos até que eu seja batizada.
Quando você nasceu?

Eu nasci nas mazelas.
Nasci como forma de ser doce-essência. Sem jorrar. Sem gritar.
Em silêncio.
Boneca. Boneca silenciosa.

Talvez Encaracoladinha não consiga entender. Ou talvez assuste-se demais com tamanha beleza. Talvez nem esse talvez seja correto. É simplesmente o que ela vê e o que ela é. Diz-me: - Não te conheço, menina. Muito mais mistério, muito mais segredo que eu pensava. Ao pensar que estou descobrindo os meus mais ocultos ou pensando em descobrir para você, a balança treme, o chão não pousa. Que língua é essa que de repente eu não entendo?! Que olhos são esses que pintam outra cor?! Que boca é essa que escurece?! Quem é?! É boneca? É personagem? Talvez eu não seja daqui, Marinheira.
Sou estrangeira.
Sou fora.
Sou dentro.
Mas não estou aqui.

Estou desconjuntada.
Mas sou só uma boneca!
Uma doce - e talvez um pouco triste - boneca. De pano! De linha. De trapos. Algodão e tintas. Não temas Encaracolada.
Nem de porcelana, nem de plástico.

 Apenas Boneca.





sábado, 28 de julho de 2012

lousa mágica


Seja poetinha em mim. 
Declame cada verso de acordo com o meu fechar de olhos e dançar dos cílios. 
Deixa-se ser prosa nos meus ouvidos. 
Canta sem som, canta corpo, entrega corpo, esqueça corpo, apeteça corpo, desapega corpo. 

Poetinha, transcreve tuas lágrimas para o braile e deixa-me lê-las com o tato dos meus lábios cálidos(?)(.) 

Sem caneta nem penas, sem giz ou lápis. 
Sem borracha, corretivo ou outra folha. 
Sem métricas nem rimas. 
Sem pensar que É e sem deixar de Ser por pensar que não o É. 

Do fundo, do musgo, das solas: poetinha. 
Dos banheiros e cativeiros: porta-voz. 

Sem saber falar, sem falar por saber que escreve: poetinha. 

Faz sentimento dançar e rolar feito criança no parquinho
Faz como neném faz pintura a dedo: retratando-se
Faz que fazendo talvez faça sentido ser poetinha d'um âmago só:
 o (Ser) par.


terça-feira, 17 de julho de 2012

de(cor)

De repente
o marrom
me amarrou.

(antes eu queria ser verde
hoje sei que sou marrom)








Minha pele é
 papel
minha cor
poesia escrita

Hoje sou marrom.

domingo, 15 de julho de 2012

(des)cobri

Descobri que a distância de alguns poucos km dói mais ou tanto quanto a distância de milhas.
Descobri que corações próximos sentem menos que peitos distintos.
Descobri que não importa medir o querer, desde que ele exista.
Descobrimos que as coisas não precisam ser compreendidas para serem vivenciadas.
Descobri que não precisamos de palavra alguma para sermos um par - de um ou de dois.
Descobrimos que estereótipos são apenas os rótulos das coisas qu'eu sempre desconfiguro.
Descobri qu'eu não preciso sentir tanto, que apenas um carinho profundo enforca.
Descobri e cobri.
Cobri meus olhos à razão.
Cobri as orelhas frias com tuas mãos.
Cobri d'água os olhos da Boneca de trapos.
Cobri o ontem.
Cobri e descobri-me.

Quero cobrir teu corpo descobrindo um modo acomodável de ser dois n'uma cama (de) só.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dona



A Senhora me faz regurgitar qualquer preocupação e afetos que antes deferi-lhe.
Senhora, por que não admites a derrota?
Senhora, por que tanto se entortas?
Ó, senhora. 
Esconde-se do mundo e me ordena diferente. 
Senhora!, serves de exemplo.Ressuscita, Senhorinha. 
Levanta-te. 
Sobrevive. 
E deixa eu cuidar da tua bomba de vida


ao menos.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Seja Tempo

De tempo em tempo o tempo muda
De vento em tempo o tempo voa
De sol ou lua se faz o tempo
O tempo do tempo de contemplar
A percepção
A dilatação
O tempo.
Floresce: de pétala em pétala e de espinho em espinho
Corre veloz ou devagarzinho
O tempo.
Tempo bom, tempo tom, tempo amigo.
Tempo!
Passa.
Corre.
Voa.
Leva.
Arrasta.
Amarga.
Amarra.
Abraça.

Abraça teu tempo, Anica.
Tempo som, tempo seu, tempo eu.
Floresce e voa.
Transforma, conforta... entorta!

Seja. Veja. Planeja!

Vive. Sobrevive. Vive.

Aceita. Deita. Reveja.

Tecla sua música.
Escreva a sua própria dança no tempo.

Tempo seu: hoje.
Tempo seu: ontem.
Tempo seu: sempre.
Tempo.

Seja tempo.


(Aniversário da Ana Claudia Dal Zot).

sábado, 16 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

o fim é o início.

o fim se dá no início.

fim dos desencontros
fim dos poemas de amor antigo
fim dos corações partidos


terminou no dia em que começou.


ou talvez tenha começado agora que terminou.

noites de insônia por um único pensamento: você
suspiros por estar longe
a falta se fazendo presente nas narinas e na pele.

o início se dá no fim.

o início é o fim.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

frutinha





sou marrom
de tanto comer chocolate
de tanto andar na terra
de viver a parte e à parte
viver de arte

sou terra
pisa-me
impregno-me
percorre-me
refresco-lhe

sou verde
como (sempre) quis
como a luz me pinta
como a água me faz

sou folha
seca
verde
vigorosa
pairando.

Deitou? Deitei.
Dormiu? De olhos abertos.
Sonhando? Consciente.
Esperando? Que você me beije.
Insônia? Refletindo desejos.
Cansaço? Não me impediria de lhe ninar.







terça-feira, 12 de junho de 2012

apenas o fim


Quero dizer – como quem confessa: sou um assassino.
E vou lhe matar esta noite.
Depois vou fazê-la renascer – ainda viva - para morrer outras vezes.
Morrer de rir
Morrer de chorar
Morrer de chorar de rir
Morrer de falta de ar
Morrer de encanto
Morrer de morte morrida
Morrer
Em ti
Em som
Em tom
Em voz
Em prosa
E em poesia: quando eu ousar me escrever no teu corpo: nu e morto;

.morto.

Fim da conversa no bate-papo.
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quarta-feira, 6 de junho de 2012


Vem cá.Pertinho.Junta a testa aqui e olha comigo para o chão...vem.Pertinho.Juntinho.Escapando do friozinho...fica pertinho dos meus lábios.Grudadinha.Sente minha respiração...cá, coração.Deixa eu dizer n'um suspiro ou brincando.Vem, coração.Cola em mim.Sinta o calor da minha respiração.Arrepie com a pontinha gelada do meu nariz.Cá, coração.Ouça que lhe quero.Quero-lhe bem, coração.Ouça dos meus olhos que lhe adoro, brincando, sorrindo.No frio. Ouve, coração.Ouça que seus cachos me encantam mais a cada dia.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bebes meu sangue de abutre e o cospe como vômito.


Que gosto é esse que eu não sinto e sinto falta no céu da minha boca?
Que lua foi esta que engoli e que me brilha e dói o estômago?
Ora!
Que direito tens de me instigar e me causar náuseas por seu distanciamento?
Quem deverá és para me privar sem usar palavras nem olhares?
Ora!
Divides o casulo comigo e só me dança no rosto com teus cílios?
Ousa fazer doer o estômago de temperanças e não apareces nem para um chá?
Vã criatura, por que fazes como fazes e me fazes como és?
Pois.
Serve-lhe de quê meu corpo impuro impregnado de solitude?
Ora.

sábado, 2 de junho de 2012

chá.de.boldo


Boldo me lembra banheiro
não pelo gosto, mas pelo cheiro
Boldo parece manteiga de cacau quando degustado
deixa a língua escorregadia
quase esguia
Parece geleia

Quentinho na mão
Cheira banheiro
Empasta a língua
Desgosta a goela
Chá de boldo parece mazela

quarta-feira, 30 de maio de 2012

- Músicas me deixam tão insegura! Porque tudo que tem dentro de repente quer vazar e uma simples melodia consegue desencadear anos e anos de amor e dor.
- Complicado.
- Como somos frágeis!
- Demasiadamente frágeis.
- ...
- Nada dentro de nós está morto.
- ...
- Tuas palavras fizeram crescer uma insegurança ainda maior dentro de mim.
- A tua penúltima frase me causa revoltos sentimentos.
- Idem.

Ó.

Ó, como dói.
Ó como tudo me dói.
Ó, como doem as dores doídas que me causo que me doo que me sinto.

Ó.




Você tem gosto de nescau
com lágrimas!, 
eu quis dizer.





Mas apenas disse que curava a
minha insônia
 com achocolatado quente
antes de dormir.

terça-feira, 29 de maio de 2012

semente


és toda essa felicidade doída que me dói e me verte de tão intensa em tudo

desde o envelope à tinta da assinatura.

és um broto que de tão sadio eu vejo e sinto a sombra da tua árvore

muda que muda que cresce que brota que sente

oxigênio e fotossíntese:

raízes e borboletas

és flor e também seiva.

és tua, menininha.

malemolência

Quero um samba.
Quero uma batucada de bamba.
A menina dançando de olhinhos fechados.
O elevador perfumado.
Os malucos do internato.
Beijos sem trégua.
Mulher sem razão.
Um par de all star azul.
Ela mexendo o chocalho; o chocalho chacoalhando ela.
Uma falsa baiana.
A dor que é minha.
A culpa que é sua.
Quero lhe mandar um monte de beijo, ai que saudade sem fim.
Quero um cálice.
Ai se eu escutasse o que mamãe dizia.
Eu não passo de um malandro, de um moleque do Brasil.
Ai Ai! Ai Ai! Saudade não venha me matar.
Besta é tu! Besta é tu!
Num batuque de matar.
Saudade fez um samba em seu lugar.

beber bébe bêbe


- Vai beber sozinha? - Bebia n'um bar com amigos.
- Sim. Em casa no meu quarto com meu homem, Cazuza. Sabe que até vesti uma camisola?! Vamos bebericar e rir um no riso do outro. Ele vai me chorar na poesia e eu vou sorri-lo na prosa da vida.
- Pois eu quero!
- Pois venha. Tem um copo um corpo pra você.
- Sinto-me congelada - estranho: como tudo referente a ela.
- ...
- ...
- Chego a conclusão que minha cerveja está sem graça, posto que não tenho teus lábios para propagar o geladinho dela.
- Cheguei a conclusão que meu riso, minha fala, minha cerveja, minha boca gelada... Tudo fica tão sem graça sem você comigo. Estou começando a achar que somos uma gracinha juntas.
- Cazuza concorda.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


‎- Quero minha cama.
- Não durma.
- Não quero dormir. Quero repousar. Quero a segurança e o afago dos meus lençóis. Quero mergulhar e morrer de son(h)o.
- Que bonito isso. Mas vale mais viver de sonhos.
- Mais vale viver da poesia.
- E não fazem parte, esses, do mesmo mundo?! Mundo onde a fumaça e a realidade não fazem parte. Um mundo rico de imaginação, palavras e de bem.
- As palavras podem ser apavorantes.
- Poesia não.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

As nuvens desceram a terra

Como pode ser tão bela, ó mãe-Natureza?
Explica-me, d'onde vem tanta beleza?
Seria do interno viril & etéreo?
Ou apenas os raios de luz que iluminam sua pele?
Ó, mãe-Natureza, d'onde vem tanta beleza?


São as frases escritas pelos olhos?
Os afagos cheios de favos?
As respostas sem perguntas?
O assovio feito pássaro ao despertar?
Ó, mãe-Natureza, d'onde vem tanta beleza?

São meus olhos cobertos de mel e (teus)lábios?
Minha memória  com cheiro de rosa?
Seria o emaranhado desses teus cabelos cacheados?
Ó, mãe-Natureza, d'onde vem tanta beleza?


Diga-me, mãe-Natureza, d'onde vem tanta beleza?
Diga-me, menininha, d'onde vem tua graciosidade?
D'onde vem tanta sagacidade? 
D’onde vens?
Diga-me, mãe-Natureza, d’um mundo onírico?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Quem diria ein, Tangerina?

(O CEART é sempre inspirador. Uma espera. Três tangerinas. Cheirinho cítrico. Cheirinho de tangerina. Sol, chá e um poema pra embalar. Embala a tangerina no dedo da menina pra degustar e saciar a sede de tangerina).


Dedo de Tangerina

Brinca a menina
Brinca de brincar
Brinca brincando de brincar com a tangerina
Menina que brinca de brincar
Brinca de imaginar
Brincando de brincar imaginando com a tangerina
Tangerina de brincar no dedo da menina
Tangerina que tange a brincadeira de brincar de menina
Imaginando a brincadeira
Imaginando a tangerina
que brincou com o dedo da menina
Quem é a tangerina?
O dedo ou a menina?
Tangerina de brincar tem semente que brinca de criar

(E guardei as sementinhas dentro do saquinho do sachêzinho do chá. Quer uma semente pra criar?)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Fada madrinha está vindo me buscar. Já liguei pra ela. Dacumpoco chego aí na tua janela, ela disse.






eu me ri: por dentro e por fora.

toin oin oin

enrosca-me nos teus cachinhos de moça que ri
enrosca-me?
enrosca-me nos teus cílios que me olham ao dormir
enrosca-me!
enrosca-me no teu riso de ladinho bem bonitinho contidinho que me ri
enrosca-me.
enrosca-me na tua roseira
enrosca-me!
enrosca-me na mente feito semente a brotar
enrosca-me?
enrosca-me no teu viver
enrosca-me.
enrosca-me!
enrosca-me nos teus cachinhos de moça que ri
e ria
meu riso
que será teu o sentido
enroscada

magrela

Aquece-me
a boca
embala-me
com os braços
encanta-me
de cacho em cacho

Perfuma-me
com teu cheiro
alegrando-me
com beijos
faz-me rir
com teu riso

Toca-me
com os cílios
furta-me
com suspiros
ganha-me
de pétala em pétala

palhaço

o riso me fez rir a alma

quinta-feira, 10 de maio de 2012

dona

o galo ainda canta
as luzes dos postes ainda brilam
o céu em tons pasteis anunciam:
é o grande dia
dona Lua minguará!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

desenha-me

que modo é esse
de me tocar
sem tom
sem som
sem tato
sem jeito

explica-me
sem cores
sem desamores

toca-me
com teus olhos pequenos
lábios serenos

mãos pra beijar

o que há (entre parênteses):

quero viver um século

de son(h)o.

terça-feira, 8 de maio de 2012

espontâneo

(flor-de-)maracujá chora?

não. tudo que corre é água:
que rega ou lava.

(flor-de-)maracujá verte?

sim. sementes maturas
prontas para brotar.

(flor-de-)maracujá é doce?
não. o melhor sabor é o natural
sem sal
nem açúcar
verte (aos litros)
e transborda (aos montes)
a poesia
qu'eu me dei.

insensatez

vivo de devaneios e não me nego a minha loucura
 vivo da minha mente que segue                                 
                                                 em frente e ninguém




segura.

 vivo.
vivo a loucura. loucura de viver das palavras (silênciosas).

flor-de-maracujá

"Se eu sou uma flor, estás me regando.
Com palavras lindas, beijos deliciosos,
toques quentes, arrepios constantes,
conversas inesperadas. Alimenta-me
com teus olhos de mel"
 LINDA, Flor-de-Maracujá.

                                           decidi-me:
            nem girassol
           nem rosas vermelhas
        és maracujá. flor-de-maracujá.

domingo, 6 de maio de 2012

Boohp

o beijo fez 'boohp'
e o peito se desfez em riso

uma crise de gargalhadas desatinada perdurou a madrugada
quase sufocada com o ar
que faltava
com um travesseiro
com teu cheiro
que me ninava

boohp fez o beijo qu'eu ganhei.

terça-feira, 1 de maio de 2012

sou o silêncio que jorra e verte dentro do seu eu que clama e esgoela sem som, pensei.